Humilhação de termos que dormir
como indigentes, embaixo de escadaria de prédio público. Dignidade de fazermos
isto por aqueles que nos ignoram. Humilhação de termos que apanhar da tropa de
choque como se fôssemos terroristas. Dignidade de fazermos isto por aqueles a
quem tanto amamos. Humilhação de termos que aguentar mentiras da mídia instituída
e comprada. Dignidade de podermos filmar com nossos próprios olhos e divulgar
com nossas próprias mãos ao mundo muito mais amplo do que os jornais impressos
e a televisão burra. Humilhação de vermos ditador que “elegemos” ir contra seu
próprio povo. Dignidade de sabermos que juntos somos mais fortes que ele. Humilhação
de haver designados “altamente qualificados” para nos substituir no nosso
direito constitucional. Dignidade de não voltarmos atrás sabendo que a estratégia
suja é travestida de “preocupação com a qualidade”. Humilhação de sermos
chamados de criminosos pela justiça e pela mídia comprada. Dignidade de nos
reconhecermos guerreiros da luz, missionários da justiça e diplomatas da paz. Humilhação
de sermos ameaçados de perder nosso emprego. Dignidade de seguir em frente, mesmo
com um pouco de medo, pois somos de ferro, mas não de aço. Humilhação de ver
pai de aluno nos xingar em público. Dignidade de ver pai de aluno com sua
filha peitando a tropa de choque para nos defender. Humilhação de haver colegas
falando pelas costas, torcendo para que nossa luta fracasse, para que possam
nos olhar com sorrisinhos irônicos e saborear o gosto amargo da intriga e da
discórdia (oh, pobres de espírito!). Dignidade de não abaixar a cabeça e não
nos calar, pois assim ensinou o Mestre. Humilhação de ter que fazer greve de
fome em porta de Assembléia Legislativa para retomar negociação. Dignidade de
fazermos isto por acreditar que ainda existe humanidade no ser humano. Nosso
movimento agora deixou de ser apenas por salário. Agora o que está em jogo é a
dignidade social e humana. Eu opto pela dignidade.
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